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Codevasf solicita vazões baixas para drenar a Boacica

Composição: InfoSãoFrancisco

por InfoSãoFrancisco

Órgão federal encaminhou à CHESF demanda para redução de descargas da UHE Xingó de modo a favorecer a drenagem da várzea da Boacica.


Com a situação de alagamento que permanece no perímetro irrigado da várzea da Boacica, a CODEVASF – Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba, encaminhou no dia 01 de setembro ofício à CHESF – Companhia Hidro Elétrica do São Francisco onde solicita redução das descargas da UHE Xingó.

A medida, segundo o órgão, favoreceria os procedimentos de drenagem da várzea que foi cercada por diques artificiais na década de 1980 para o controle de sua hidrologia.

Veja abaixo o ofício da CODEVASF na íntegra.

Reprodução: Codevasf
Reprodução: Codevasf

Por sua vez, a CHESF respondeu que a demanda do órgão seria analisada durante reunião mensal da chamada Sala São Francisco, coordenada pela ANA – Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico, ocorrida ontem.

Veja abaixo o ofício CE-SOO-063/2022 de resposta à CODEVASF em sua íntegra.

Recapitulando o desastre da várzea da Boacica

Com as chuvas intensas no Baixo São Francisco que ocorreram entre o final de maio último e início de junho, as principais várzeas da região, isoladas do rio São Francisco pelos diques artificiais dos perímetros irrigados da Codevasf – Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba tiveram acúmulo significativo de água.

A várzea da Boacica, que abrange territórios dos municípios alagoanos de Penedo e Igreja Nova, foi particularmente afetada pelo alagamento que provocou um desastre humanitário de grandes dimensões, com populações isoladas, sem abastecimento de água, energia elétrica e submetidas à insalubridade de águas contaminadas.

Sem dispositivos para escoamento da água em sua estrutura, o dique da várzea – construído pela Codevasf para o controle de drenagem do perímetro irrigado – foi rompido (no dia 04 de junho) para permitir o rebaixamento de nível.

A intervenção no dique colocou os povoados penedenses do Catrapó e Marizeiro 3 em risco de alagamento, o que levou a Prefeitura Municipal de Penedo a realizar a remoção de diversas famílias.

Fontes: CODEVASF; CHESF


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