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Vazões reduzidas pela CHESF afetam navegação no São Francisco

Assim como o Velho Chico, a balsa São Francisco, no seco. Foto: Carlos E. Ribeiro Jr./InfoSãoFrancisco

por InfoSãoFrancisco

A lei seca mantida pelo setor elétrico desde o último final de semana, além impactar usos humanos e ecossistemas aquáticos também atinge a navegação: uma das maiores balsas do Baixo São Francisco está encalhada desde a madrugada do dia 24 afetando uma travessia estratégica no alto sertão de Alagoas e Sergipe.


As reduções bruscas e profundas das descargas da hidrelétrica de Xingó somam mais um impacto ao conjunto de problemas mais recentes das operações da CHESF – Companhia Hidro Elétrica do São Francisco, como vem sendo noticiado pelo InfoSãoFrancisco: uma das grandes balsas que operam na estratégica travessia Pão de Açúcar, AL ao povoado Niterói, SE está encalhada no povoado desde a madrugada do dia 24 de dezembro.

A balsa São Francisco encalhada no porto de Niterói, Porto da Folha, SE. Foto: Carlos E. Ribeiro Jr./InfoSãoFrancisco

Sem poder navegar, a balsa, de nome São Francisco, causa problemas na manutenção da linha, como diz José Antônio Silva Gonçalves, proprietário da embarcação, uma vez que a operação está sendo realizada com apenas uma balsa: “pois a balsa permanece encalhada no porto de Niterói, estado de Sergipe. Funcionamos diariamente com duas balsas grandes de trinta e dois metros (de comprimento) e diante disse só uma está em funcionamento, pois a terceira está em manutenção, prejudicando o fluxo de veículos na travessia. Com isso o trafego de veículos sofre atrasos e reclamações por parte dos usuários e com toda razão.”

Uma outra consequência das variações das vazões apontada por José Antônio é o impacto sobre os portos nas margens, erodidos pelo “vai e vem do nível, prejudicando os portos e tornando quase impossível a travessia”.

Como tentativa de solução para o problema da balsa São Francisco, o armador disse que havia encaminhado um e-mail para a CHESF solicitando o aumento da vazão para 2.200 m³/s (dois mil e duzentos metros cúbicos por segundo) para que a balsa pudesse flutuar e ser reconduzida à operação.

Por sua vez, o InfoSãoFrancisco também solicitou informações à CHESF sobre o problema causado e soluções para o mesmo.

Até o momento do fechamento da matéria a redação não tinha informações sobre ambas as demandas.

Fontes: InfoSãoFrancisco


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