por Antônio Laranjeira | InfoSãoFrancisco
Cooperação internacional com o HOT – Humanitarian OpenStreetMap Team inicia a formação de equipe local multiplicadora para o desenvolvimento das ações de mapeamento colaborativo do MapSãoFrancisco.
Gradativamente o MapSãoFrancisco vai avançando em sua estruturação para poder desempenhar, com os melhores procedimentos técnicos e de atendimento às necessidades da sociedade do Baixo São Francisco, seus objetivos de mapeamento de populações em situação de injustiça socioambiental.
Teve início hoje uma capacitação aberta ao público, resultado de uma parceria entre o MapSãoFrancisco e o HOT – Humanitarian OpenStreetMap Team, para a transferência de tecnologias abertas que permitirão o mapeamento de populações em situação de injustiça socioambiental no Baixo São Francisco.
“Vai ser desafiador porém vai ser pioneiro. Estou bastante feliz em trabalhar com um rio que tem uma representatividade para a região Nordeste e o Brasil. É uma interação muito interessante essa entre as relações internacionais, a tecnologia global e o empoderamento de populações locais. Acredito que é um longo caminho que estamos começando com esse encontro”, avalia Marina Aragão, nomeada pelo HOT como gestora do projeto Baixo São Francisco.
De 28 de junho até 08 de julho, uma equipe gerenciada por Marina e formada por dois hidrólogos consultores do HOT, Miguel Trejo e Sten Schurer, estará no povoado da Ilha do Ferro, em Pão de Açúcar, alto sertão de Alagoas. O objetivo será treinar uma equipe de multiplicadores de tecnologias sociais do MapSãoFrancisco para monitorar as vazões do Rio São Francisco e realizar modelagens digital de terreno, cujos dados possibilitarão simulação de enchentes para registrar em mapas abertos os territórios habitados.
“Aprendemos, com itens facilmente obtidos no mercado, como construir e usar um GPS geodésico de alta precisão, um sonar para a varredura do leito do rio, além dos princípios básicos para varredura de terreno com veículo aéreo não-tripulado. Tudo isso é inédito no Baixo São Francisco. São três tecnologias novas para nossa região que vive um apagão de dados. Todos esses aparelhos usam softwares livres e por isso podemos multiplicar amanhã, em qualquer local, o que começamos a aprender hoje aqui no São Francisco”, comenta Carlos Eduardo Ribeiro Jr, da Sociedade Canoa de Tolda.
A equipe organizou e reconheceu os equipamentos recebidos e foi às ruas da Ilha do Ferro para testá-los e avaliar o campo de trabalho. O material e as tecnologias repassados pelo HOT, permitirão monitorar o meio ambiente nesta região do Velho Chico.
Confira as fotos de como foi a atividade no primeiro dia:
O MapSãoFrancisco é uma iniciativa da Canoa de Tolda e InfoSãoFrancisco que conta com a cooperação técnica do HOT – Humanitarian OpenStreetMap Team e da UFAL – Universidade Federal de Alagoas através de seu curso de Engenharia de Pesca com o IMAP – Laboratório de Investigação e Manejo da Pesca, em Penedo, Alagoas.
Fontes: MapSãoFrancisco; Canoa de Tolda; HOT – Humanitarian OpenStreetMap Team
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