por Carlos Alberto Guimarães | Agência IBGE de Notícias
Atualizado pelo IBGE a cada dois anos, documento cartográfico é fundamental para planejamento, monitoramento e gestão territorial. Produto possibilita o mapeamento temático de população, geologia, vegetação, solos, recursos naturais e ambientais, entre outros.Entre os aprimoramentos da nova versão, está a adição de uma nova classe, que traz a delimitação do Mar Territorial, da Zona Contígua, da Zona Econômica Exclusiva e da Plataforma Continental.
O IBGE lança hoje (8) a nova versão da Base Cartográfica Vetorial Contínua do Brasil na escala 1:250.000, na qual cada 1cm equivale a 2,5km no terreno. Esta é a quinta edição da BC250, lançada inicialmente em 2013 e atualizada a cada dois anos.
A Base Cartográfica oferece uma visão de conjunto do território e serve como referência para subsidiar ações de planejamento, monitoramento e gestão territorial, possibilitando o mapeamento temático de população, geologia, vegetação, solos, recursos naturais e ambientais do país, entre outros temas.
“Por meio do Programa de Atualização Permanente da BC250 é possível prover a sociedade de uma base de dados digitais geoespaciais planimétrica, padronizada, contínua e atualizada de todo o território brasileiro na escala 1:250.000, que permite obter informações relativas ao posicionamento, nome geográfico e classificação dos elementos nela representados”, explica Rafael Balbi, analista de geoprocessamento e gerente de Bases Contínuas do IBGE.
A versão 2021 da BC250 foi produzida a partir de imagens de satélite cobrindo todo o território nacional, de dados produzidos por outros levantamentos e pesquisas do IBGE e dados de órgãos setoriais parceiros, que permitiram a atualização de diversas informações constantes na versão lançada em 2019.
Entre os aprimoramentos desta quinta versão, estão edições de controle de qualidade topológico, preenchimento de atributos obrigatórios segundo a modelagem de dados, adição de uma nova classe (que traz a delimitação do Mar Territorial, da Zona Contígua, da Zona Econômica Exclusiva e da Plataforma Continental), além da complementação de algumas classes, como por exemplo, eclusa e trecho hidroviário.
Ao todo, o produto contempla classes de 13 categorias de informação: Energia e Comunicações, Estrutura Econômica, Hidrografia, Limites e Localidades, Relevo, Sistema de Transporte, Sistema de Transporte /Aeroportuário, Sistema de Transporte/Dutos, Sistema de Transporte/Ferroviário, Sistema de Transporte/Hidroviário, Sistema de Transporte/Rodoviário, Classes Base do Mapeamento Topográfico em Grandes Escalas e Cultura e Lazer.
A nova versão apresenta, ainda, a lista dos nomes geográficos no formato CSV, para serem visualizados em ambiente SIG (Sistema de Informações Geográficas), onde é possível localizar, através de suas coordenadas geográficas, todos os nomes geográficos que integram a base, representados por pontos.
Construída conforme as normas vigentes, a base é compatível com os requisitos de precisão do Sistema Cartográfico Nacional (SCN) e adequada aos padrões e normas da Infraestrutura Nacional de Dados Espaciais (INDE). Os dados estão estruturados conforme o modelo conceitual das Especificações Técnicas para Estruturação de Dados Geoespaciais Vetoriais, Versão 3.0 (ET-EDG V 3.0).
“A BC250 é a representação espacial do Brasil no Mapa Integrado da América do Sul, organizado pelo Instituto Panamericano de Geografia e História (IPGH)”, acrescenta Balbi. Ele explica que o produto se destina a qualquer usuário de Sistemas de Informação Geográfica e de Banco de Dados Geográficos (BDG).
A BC250 está disponível em formatos livres (shapefile, geopackage e dump do PostGis), para utilização em Sistemas de Informação Geográfica, podendo ser acessada aqui e por meio da Plataforma Geográfica Interativa do IBGE.
Informações mais detalhadas sobre a base estão disponíveis na documentação técnica que acompanha o produto, disponível aqui. A versão 2021 da BC250 também pode ser acessada através do geoportal da INDE e seus metadados podem ser encontrados no catálogo de metadados do IBGE.
Fontes: Agência IBGE de Notícias
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