por Redação
Sem informações efetivas, vazões são novamente alteradas, em poucas horas, para valores equivalentes a cerca de um terço do pico de sexta feira (10), afetando meio ambiente e vida das populações ribeirinhas.
Em seguida a observação na sexta-feira (10) de rápida elevação das descargas da UHE Xingó que atingiram um pico de 2.189,12 m³/s (dois mil cento e oitenta e nove vírgula doze metros cúbicos por segundo) às 15:00 (horário de referência na medição na estação Barramento, na UHE), a CHESF – Companhia Hidro Elétrica do São Francisco reduziu drasticamente as defluências do barramento.
Às 08:00 hs (sempre horário de referência já citado) foram conferidos exatos 717,28 m³/s, valor base que se manteve até o fechamento desta matéria (717,39 m³/s).
Os problemas decorrentes da inexistência de um alerta antecipado do incremento de vazão ocorrido ontem foram acrescidos, pela manutenção de ausência de informações precisas relacionadas às operações da UHE Xingó.
Manobras de recuo de sistemas de captação de água, que ficaram expostos à ondulações e correntezas muito mais fortes do que aquelas para a vazão prevista (em agosto passado) de 1.500 m³/s, bem como com embarcações fundeadas para as mesmas condições, tiveram que ser revertidas.
Veja na animação abaixo, a evolução da derrubada da vazão entre 10 e 11/09
Porém, permanecem a dúvida e a insegurança das populações afetadas quanto à inexistência de uma necessária e precisa previsibilidade das operações do setor elétrico.
Não são conhecidas reações da parte de municípios ribeirinhos ou ainda dos estados de Sergipe e Alagoas em contraposição a um sistema de operações de barramento que não atende à prioridade dos usos humanos e à manutenção de um meio ambiente saudável.
Veja na série abaixo, a evolução do avanço e da derrubada da vazão entre 10 e 11/09
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Fontes
ANA – Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico
SNIRH – Sistema Nacional de Informações Sobre os Recursos Hídricos