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O Rio Que Sobrou – parte 1

A caminho das barras do Sul, no través do Gato Preto, Brejo Grande, SE. Foto: Edson Goes Ferreira/InfoSãoFrancisco.

Nesta série da foto reportagem O Rio Que Sobrou será apresentada a campanha de uma das varreduras das atividades do projeto Sobradinho +40 – A Desintegração do Rio da Integração no Baixo São Francisco. Com esta atividade inicial será possível a organização de sub-projetos que tentarão construir um conjunto de informações (dados, imagens, depoimentos, análises) sobre o São Francisco após quarenta anos de regularização (incluindo as interferências posteriores à barragem de Sobradinho).

25 fotos

Foto: Carlos E. Ribeiro Jr./InfoSãoFrancisco.
A beleza ainda visível na região, como o canal de Brejo Grande, é utilizada como uma camuflagem para o desastre que é o São Francisco.
Foto: Carlos E. Ribeiro Jr./InfoSãoFrancisco.
A caminho do canal da Parapuca e as pouco referenciadas barras sul do delta do São Francisco, o início de uma complexa e longa contabilidade do passivo socioambiental crescente legado ao Baixo São Francisco.
Foto: Carlos E. Ribeiro Jr./InfoSãoFrancisco.
No Saramém, em zona já bem próxima da foz, com a barra do rio mais e mais aberta, os impactos da dinâmica costeira do mar e o desaparecimento do cordão protetor dos manguezais, muito provavelmente acelerarão de forma imprevisível o processo erosivo que tende a riscar do mapa a localidade.
Foto: Edson Goes Ferreira/InfoSãoFrancisco.
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Foto: Edson Goes Ferreira/InfoSãoFrancisco.
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Foto: Edson Goes Ferreira/InfoSãoFrancisco.
Com a obstrução – o mar rompeu a barra da Costinha e avança rapidamente sobre o continente – do lendário canal da Parapuca, que ligava a calha do rio às barras do sul, as navegações se dão através de pequenos canais entre as ilhas da região.
Foto: Edson Goes Ferreira/InfoSãoFrancisco.
Todos os espaços possíveis estão sendo ocupados pelas fazendas de camarão.
Foto: Edson Goes Ferreira/InfoSãoFrancisco.
Na entrada da barra do Funil, e em zona imediatamente contígua à REBIO – Reserva Biológica de Santa Izabel (Unidade de Conservação Federal costeira entre Pirambu e a Ilha do Arambipe), os tanques de camarão também estão presentes.
Foto: Edson Goes Ferreira/InfoSãoFrancisco.
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Foto: Edson Goes Ferreira/InfoSãoFrancisco.
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Foto: Edson Goes Ferreira/InfoSãoFrancisco.
Na região da barra das Araras, já na divisa de Brejo Grande com Pacatuba, pequenas comunidades sobrevivem de extração de mariscos (sururu, massunim, lambreta e outros) que, no entanto, é praticada sem manejo.
Foto: Edson Goes Ferreira/InfoSãoFrancisco.
A pressão econômica sobre a atividade de coleta de mariscos, com alta demanda sobretudo nas capitais Aracaju e Maceió e a inexistência de manejo coloca em risco o futuro das espécies e das pessoas que delas tiram seu sustento.
Foto: Edson Goes Ferreira/InfoSãoFrancisco.
Com a regularização do rio e o fim das cheias, a região sul da zona costeira da foz não tem mais qualquer influência da dinâmica fluvial do rio livre.
Foto: Edson Goes Ferreira/InfoSãoFrancisco.
Sem a APA da Foz, uma proposta de 2003 cujo decreto finalizado não foi assinado pela presidência da República, a região não tem proteção.
Foto: Edson Goes Ferreira/InfoSãoFrancisco
A barra das Araras, próxima à Ponta dos Mangues, em Pacatuba, SE. A derradeira barra no extremo sul da zona costeira da foz do São Francisco.
Foto: Carlos E. Ribeiro Jr./InfoSãoFranisco.
O mar é ali, atrás do estreito cordão de restingas, extremidade sul da ilha do Arambipe, que o separa da laguna salgada no sul da zona costeira da foz.
Foto: Carlos E. Ribeiro Jr./InfoSãoFrancisco.
A regularização provocou a perda dos sedimentos que o São Francisco, antes pujante, espalhava por todo o litoral norte de Sergipe. Sem os sedimentos, verifica-se, através de imagens satélite, o deslocamento da barra das Araras cada vez mais para o sul.
Foto: Carlos E. Ribeiro Jr./InfoSãoFrancisco.
Na baixa mar, os rios de água salgada que correm de volta para o mar.
Foto: Edson Goes Ferreira/InfoSãoFrancisco
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Foto: Carlos E. Ribeiro Jr./InfoSãoFrancisco.
Na maré baixa, os catadores de mariscos nas croas que, linhas tênues, são um leve divisor entre a água e o céu.
Foto: Carlos E. Ribeiro Jr./InfoSãoFrancisco.
A placa da ADEMA, órgão ambiental de Sergipe, estabelece a legalização das fazendas de camarão.
Foto: Carlos E. Ribeiro Jr./InfoSãoFrancisco.
Pelos canais secundários da Parapuca a navegação é complexa e deve se preferencialmente realizada durante a maré cheia.
Foto: Carlos E. Ribeiro Jr./InfoSãoFrancisco.
Oficialmente, a zona costeira sul da foz do São Francisco não consta na poligonal da bacia hidrográfica.
Foto: Carlos E. Ribeiro Jr./InfoSãoFrancisco.
Sem proteção, alvo de exploração desmesurada, omissão da sociedade e dos governos: não seria delírio estabelecer que a região da foz do São Francisco está com os dias contados.
Foto: Edson Goes Ferreira/InfoSãoFrancisco
Pela Parapuca.

Esta reportagem faz parte do projeto Sobradinho +40 – A Desintegração do Rio da Integração.

Produção da matéria:

Carlos Eduardo Ribeiro Jr – Organização, fotos e texto

Daiane Fausto dos Santos – tratamento de imagens

Edson Goes Ferreira – fotos drone

Artigos de autoria e opinião não refletem, obrigatoriamente, posições e opiniões do InfoSãoFrancisco,

Sobre o autor

Carlos Eduardo Ribeiro Junior

Co-criador do InfoSãoFrancisco e coordenador do projeto.

Daiane Fausto dos Santos

Co-criadora do InfoSãoFrancisco e responsável pelo banco de imagens.