Estudo avaliará impactos socioeconômicos do desastre ambiental e irá sugerir políticas de
mitigação de danos.
A Fundação Joaquim Nabuco tem no seu estatuto a missão de realizar pesquisas socioeconômicas no Nordeste, inclusive as necessárias para medir os impactos ambientais e sociais, em especial aquelas que envolvam as populações com maior índice de vulnerabilidade social.
O desastre ambiental em curso, que envolve petróleo cru nas praias do litoral nordestino, é um assunto de grande importância regional e nacional.
Confiamos e reafirmamos que o Governo Federal e as instituições competentes em Ciência e Tecnologia do País, em breve chegarão às causas e às origens do desastre, como também têm demonstrado ações efetivas para combater o dano. Serão importantes também as avaliações dos impactos socioeconômicos e ambientais, como também as recomendações de ações de mitigação dos danos, que terão a colaboração técnico e científica da Fundaj, em pesquisa.
Quanto às pesquisas socioeconômicas e de sensoriamento remoto, em curso, foram comunicadas formalmente às autoridades competentes, que a Fundaj operará uma linha de colaboração nesse aspecto.
Quanto ao Sensoriamento Remoto, estudos emergenciais a serem coordenados pelo pesquisador da Casa, Neison Freire, coordenador do Centro de Estudos Georreferenciados (CIEG), serão realizados no sentido de mapear, por meio de imagens de satélites, as áreas diretamente atingidas, numa faixa contínua de 500m ao longo da linha de costa. Esse mapeamento por satélites de última geração permitirá localizar e quantificar os usos do solo de maneira atualizada. O estudo abordará cerca de 200 praias localizadas em 80 municípios nos nove estados nordestinos, compreendendo aproximadamente 2.100 km de litoral. Serão identificadas as áreas naturais e antrópicas nesse estudo, bem como a faixa de areia de praia atingida, os arrecifes, a vegetação nativa, as áreas rurais, antropizadas e urbanizadas.
Posteriormente, as imagens serão correlacionadas com dados socioeconômicos da pesquisa de campo para verificar os impactos às populações diretamente atingidas e os respectivos ambientes naturais, permitindo uma melhor avaliação dos danos causados até o momento.
Uma força-tarefa tecno-científica foi estruturada no CIEG para dar conta dessa pesquisa emergencial a partir da experiência com o desastre tecnoindustrial de Brumadinho.
A pesquisa de impacto socioeconômico está sendo amostral, englobando as cadeias produtivas da pesca e do turismo, coordenada pelo pesquisador da Casa, Luis Henrique Romani, coordenador do Núcleo de Estudos e Estatísticas Sociais (NEES).
A Coordenação de Ações Educativas do Museu do Homem do Nordeste está realizando e liderando diversas atividades de voluntariado, nos trabalhos referentes ao combate do dano do desastre ambiental.
A Fundaj, assim, cumpre com sua missão institucional em pesquisa e entregará relatórios periódicos ao GOVERNO FEDERAL, conforme forem sendo concluídos a fim de que subsidiem políticas públicas.
Veja ainda:
MonitOleamento: atualização 03 do quadro dos impactos do óleo no litoral nordestino
Fonte:
FUNDAJ – Fundação Joaquim Nabuco
Conteúdo originalmente publicado pela Canoa de Tolda
◊ Imagem em destaque – Costa sergipana oleada. Foto | ADEMA – SE