Já impactada por usos e ocupações predatórios, além do regime de vazões imposto pelas operações de barramentos, a foz do São Francisco tem sua situação agravada com a chegada de petróleo cru que desde setembro se espalha pelo litoral nordestino.
A zona costeira da foz do São Francisco, desde o último sábado, dia 05, teve aumentado seu risco de contaminação pelas placas de petróleo que estão afetando o litoral nordestino entre a Bahia e o Maranhão desde o início de setembro.
No final de semana passado (sábado, dia 05) foi registrada a chegada de petróleo ao litoral do Pontal do Peba, zona praieira no município de Piaçabuçu, AL, compreendendo uma extensa área de dunas e fragmentos de brejos e mata atlântica que vai do povoado do Peba até a foz do rio São Francisco.
Sempre na zona costeira do estuário do rio São Francisco, a presença do óleo cru já havia sido detectada na região da Ponta dos Mangues, em Pacatuba, SE, cerca de 25 km ao sul da foz.
A praia do Pontal do Peba está inserida na APA – Área de Proteção Ambiental de Piaçabuçu, Unidade de Conservação federal gerida pelo ICMBio – Instituto Chico Mendes da Conservação da Biodiversidade. A região da Ponta dos Mangues, por sua vez, tem parte no interior da REBIO – Reserva Biológica de Santa Isabel, UC igualmente sob jurisdição do ICMBio, e importante área de desova de tartarugas marinhas.
Todos os nove estados da região nordeste foram atingidos e, de acordo com o IBAMA –Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis, já são registradas 132 áreas em sessenta e um municípios da zona litorânea.
De acordo com a Petrobras, o material colhido e analisado em diversos pontos entre o Maranhão e o litoral baiano, trata-se de petróleo cru com características que não correspondem aos diversos tipos de petróleo extraídos no Brasil.
Fontes
IBAMA – –Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis
G1
◊ Imagem em destaque – Via Simone Santos/Projeto Praia Limpa