por InfoSãoFrancisco
Entre domingo (23) e quarta feira (26), as operações da UHE Xingó tiveram seus padrões de defluência alterados com alertas emitidos (via mensagem por aplicativo de telefonia celular) com pouca antecedência.
As operações da UHE Xingó, com suas variações horárias de descargas, seguem criando situações não favoráveis para a vida ribeirinha e ecossistemas no Baixo São Francisco.
No último domingo (23), às 16:00 hs, a CHESF – Companhia Hidro Elétrica do São Francisco emitiu um comunicado (por sistema de aplicativo de mensagens para telefonia celular) onde anunciava elevação da vazão da UHE Xingó para 1.500 m³/s (hum mil e quinhentos metros cúbicos por segundo), o que, independente do aviso intempestivo, melhora a qualidade da água.
Como já alertado pelo InfoSãoFrancisco, uma variações de vazão dessa magnitude significam, para muitos ribeirinhos, ajustes em seus sistemas de captação de água (na tubulação, nos cabos elétricos).
Pouco mais de vinte e quatro horas após a comunicação, a CHESF volta a emitir, na segunda-feira (24) outro comunicado, desta vez anunciando nova elevação, para 1.700 m³/s o que, como mencionado acima, traria necessidades de ajustes em sistemas de captação para inúmeras pessoas.
Porém, 48 horas depois, na noite do dia 26, novo comunicado da empresa já trazia a informação de redução de 400 m³/s, passando o patamar de operações para 1.300 m³/s.
De acordo com a empresa, as manobras nas variações das descargas da UHE Xingó se devem a determinação do ONS – Operador Nacional do Sistema.
No infográfico abaixo, produzido com os dados disponibilizados pela ANA – Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico, pode ser observada a relação entre os recebimentos das mensagens, o período seguinte onde teria início a variação de vazão, e as vazões praticadas e o padrão de pulsos com o qual opera a UHE Xingó.
Fontes: CHESF; ANA/SNIRH
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