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Temperaturas globais devem ter aumento recorde até 2027

Foto: Rungroj Yongrit/dpa/picture alliance

por DW Brasil

Temperatura média global pode ficar mais do que 1,5 °C acima dos níveis pré-industriais nos próximos cinco anos, alerta Organização Meteorológica Mundial. “Isso terá repercussões de longo alcance”, diz agência da ONU.


A temperatura média anual global deve subir além de 1,5 ºC acima dos níveis pré-industriais pela primeira vez nos próximos cinco anos, alertou a Organização Meteorológica Mundial (OMM) nesta quarta-feira (17/05).

Diante do cenário de mudanças climáticas e do fenômeno natural El Niño, a agência da ONU também prevê um recorde histórico de calor em pelo menos um dos anos no período entre 2023 e 2027.

O marco de 1,5 ºC havia sido estabelecido em 2015 na Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas em Paris numa tentativa de frear o aquecimento global. No ano passado, a OMM havia estimado as chances dessa previsão se concretizar em pouco menos de 50%. Agora, porém, calcula uma probabilidade de 66%.

Isso não significa necessariamente que o aquecimento global subirá permanentemente acima dessa marca nos próximos alguns anos, diz a organização. “No entanto, a OMM está soando o alarme de que iremos ultrapassar o nível de 1,5 ºC temporariamente com uma frequência cada vez maior”, disse o secretário-geral da agência, Petteri Taalas.

Aumento terá “repercussões de longo alcance”

Em 2022, a temperatura global média foi cerca de 1,15 ºC acima da média de 1850-1900, enquanto que os oito anos mais quentes já registrados foram todos entre 2015 e 2022. As temperaturas, contudo, devem aumentar ainda mais à medida que as mudanças climáticas se aceleram.

“Há uma probabilidade de 98% de que pelo menos um dos próximos cinco anos, e o período de cinco anos como um todo, seja o mais quente já registrado”, disse a OMM.

“Isso terá repercussões de longo alcance para a saúde, segurança alimentar, gestão da água e meio ambiente“, alertou Taalas. “Precisamos estar preparados.”

Tanto o El Niño quanto sua contraparte, La Niña, promovem climas extremos em muitas regiões do mundo. O primeiro eleva as temperaturas globais médias, enquanto a segunda tem um efeito de resfriamento. Os dois fenômenos se manifestam alternadamente de tempos em tempos.

Cientistas climáticos internacionais têm alertado que, se nenhuma ação preventiva for tomada, o mundo poderá enfrentar aumentos de temperatura de 4 ºC acima dos níveis pré-industriais até o final deste século.

A única maneira de evitar aumentos drásticos no nível do mar e secas letais, dizem, seria manter esse aumento em 2 ºC ou menos.

Fontes: DW Brasil


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