por Carlos E. Ribeiro Jr | InfoSãoFrancisco
Vazões mínimas reduzem território das pirambebas que, sem opção, ocupam espaços já utilizados por populações humanas, criando situações de atritos e ataques frequentes.
Com a manutenção, pelo setor elétrico, das vazões mínimas da hidrelétrica de Xingó desde 2013, o Baixo São Francisco vem sendo submetido à um quadro permanente de penúria hídrica. São inúmeros os impactos socioambientais e um deles é o comprometimento do território de espécies dos ecossistemas aquáticos, como as pirambebas, ou piranhas brancas (Serrasalmus maculatus).
Sem espaço disponível no meio aquático e com a destruição da zona ripária, as pirambebas criam novos territórios alternativos onde possível, os grupos de peixes ocupam as zonas sombreadas disponíveis como sob embarcações, bombas de captação de água.
Estressadas, tendo seu comportamento afetado, as piranhas que antes conviviam sem maiores problemas com seres humanos, têm demonstrado agressividade crescente, o que é percebido pela incidência cada vez maior dos ataques dos peixes.
Na busca por maiores informações sobre a pouca água disponível no Baixo São Francisco, sua qualidade e seus impactos nos ecossistemas aquáticos com particular atenção aos eventos envolvendo as pirambebas, a Sociedade Canoa de Tolda solicitou à UFAL – Universidade Federal de Alagoas a mobilização de seus pesquisadores do Curso de Engenharia de Pesca, da Unidade de Penedo, para a análise do quadro e elaboração de parecer técnico. Segundo a Reitoria da UFAL a demanda está em trâmite na Unidade de Penedo.
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