Sem divulgação da mudança do padrão de operações da UHE Xingó, CHESF reduz drasticamente a vazão no Baixo São Francisco, criando novos problemas que se somam aos verificados quando do aumento das vazões no último dia 25.
O final de semana termina com mais uma redução considerável nas vazões da UHE Xingó, contrariando as vazões da ordem de 1.800 m³/s (hum mil e oitocentos metros cúbicos por segundo) previamente estabelecidas.
Vale lembrar que as vazões tiveram alteração (no dia 25 de junho) dos 1.100 m³/s para 1.300 m³/s e, logo em seguida (no dia 26), chegaram a 1.500 m³/s. No dia 30, nova alteração, com as operações da UHE Xingó liberando cerca de 1.800 m³/s.
Em meio a um padrão de alterações súbitas (impostas pelo setor elétrico através do ONS – Operador Nacional do Sistema) populações se viram, mais uma vez e desde décadas, submetidas a significativo esforço, e com mínimo espaço de tempo, para adequações em sistemas de captação de água (que estavam ajustados para os 1.100 m³/s previamente estabelecidos por tempo prolongado).
São alterações que incluem redução de linhas de tubulação, cabos elétricos, ajuste de flutuantes (quando existentes), dentre tantos itens.
Com a mudança do nível do espelho d’água (significando em locais mas razões o recuo da água para o eixo da calha do rio) da ordem de 800 mm (na estação Reserva Mato da Onça), a situação no final de semana criou mais contratempos e a qualidade da água na borda da água (zona de transição entre o espelho e o leito secado do rio) que já não era boa, piorou.
Sem qualquer informação, até o fechamento desta matéria não se sabe quais a vazão defluente da UHE Xingó será praticada nas próximas horas e dias.
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◊ Imagem em destaque – Reserva Mato da Onça. Foto: Carlos E. Ribeiro Junior | Canoa de Tolda/InfoSãoFrancisco