por Redação
Durante o dia de ontem (30), as operações da UHE Xingó produziram rápido aumento das vazões no Baixo São Francisco, contrariando a comunicação oficial divulgada no dia 28 e promovendo novas situações indesejadas.
Ao longo desta quinta feira (30), sem que sejam conhecidos procedimentos de comunicação ampla e antecipada para as populações ribeirinhas, em particular as difusas em locais mais isolados, foi verificada uma rápida subida do volume das vazões defluentes da UHE Xingó, que já vinham com tendência de alta desde a quarta feira (29).
Em consulta ao sistema Hidro Telemetria da ANA – Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (SNIRH – Sistema Nacional de Informações Sobre Recursos Hídricos), foram obtidos os dados de um pico de vazão de 2.744,03 m³/s (dois mil setecentos e quarenta e quatro metros cúbicos por segundo) às 15:00 hs de ontem (30).
Veja abaixo o gráfico animado com as variações entre os dias 28 e 30 de setembro.
A elevação das descargas da hidrelétrica foi mais uma surpresa, configurada como o segundo evento similar em poucos dias, e contradiz o comunicado da CHESF – Companhia Hidro Elétrica do São Francisco, a Carta Circular SOO-015/2021 encaminhada no dia 28 passado onde a empresa menciona que as elevações na vazão seriam praticadas a partir deste mês de outubro.
Veja abaixo a íntegra da Carta Circular SOO-015/2021
Até o fechamento da matéria não foram encontradas informações sobre a operação nos sítios da internet da CHESF, da ANA – Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico, do CBHSF – Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco, ou ainda do IBAMA – Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis.
Igualmente, os sites dos estados de Alagoas e Sergipe não mencionam o assunto.
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Fontes
CHESF – Companhia Hidroelétrica do São Francisco
ANA – Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico
SNIRH – Sistema Nacional de Informações Sobre Recursos Hídricos