Mesmo com avanços consideráveis na tecnologia da informação, que pode contribuir para facilitar as relações entre a sociedade e o Estado e seus entes, o setor elétrico é refratário à espontânea divulgação de dados importantes como os operacionais instantâneos de barramentos como Xingó, conhecimento essencial para populações a jusante das usinas, que se vêem, aquelas, numa busca surreal e fatigante para garantir direitos claros.
Este artigo ou análise, poderia ser qualificado como um mini-diário de mais uma busca( das dezenas e dezenas de demandas via E-Sic já realizadas) por algo simples que, de forma injusta na grande maioria dos casos, obriga o cidadão a se enfronhar, para não se engalfinhar, em terrenos de legislação, bases técnicas as mais variadas, pesquisas históricas, organização da palavra a montagem de textos consistentes para chegar ao seu objetivo.
Viver abaixo de uma barragem, tem seus inúmeros riscos, há um difícil cotidiano cara a cara com a detonação de nossos lugares – algo que não é muito bem compreendido por pessoas que passam por estar brenhas ao exclamar “mas vocês reclamam de que, nesse paraíso?” – e também tem o componente da fatigante, difícil e muitas vezes provocadora de iras ou tristezas que é a busca por direitos básicos, em situações de conflitos diários com prefeituras, estados e com a União.
Em uma região onde todas as instâncias públicas são vacantes ao extremo, é um panorama particularmente fatigante, a busca por informações públicas de órgãos diversos. Estes ao invés de atenderem com naturalidade demandas por itens e/ou documentos que por alguma razão não estão em seus acervos de dados e informações, criam inúteis e irritantes barreiras que, de algum modo serão derrubadas (algum dia). A busca de maiores informações no caso das hidrelétricas não é diferente, se estão sendo procurados maiores detalhes de suas operações.
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